= POESIA =
QUIXERAMOBIM
Nasci de uma fazenda
Santo Antonio do Boqueirão,
de Antonio Dias Ferreira
que no centro do sertão,
erigiu uma capela e hoje,
esta cidade bela
é importante na Nação.
Sempre fui abençoada
com vasto e fértil sertão.
Tenho clima favorável
pra cultura do algodão,
sou mãe de família nobre,
preta, branca, rica, pobre,
sem a menor distinção.
Sou terra de Santo Antonio,
sou próspera, rica, fiel,
criei centenas de escravos,
capachos de coronel,
prosperei, criei fronteiras,
saí de uma algibeira,
hoje, limito-me ao Céu.
Exporto as mentes sadias
dos filhos que eu gerei,
exporto a nobre cultura
que sempre aqui semeei.
Exporto a paz e a verdade,
exporto a serenidade,
o amor proliferei.
Sou a Quixeramobim,
terra do bravo vaqueiro,
do curral cheio de gado,
do belo e gordo carneiro,
de Santo Antonio de Pádua,
guardião e padroeiro,
do agricultor suado
que trabalha o ano inteiro,
da próspera e bela fazenda,
do opulento fazendeiro,
do bancário, do doutor,
do poeta violeiro,
do vendedor de café,
do lojista, do padeiro,
do contador de história,
do pinguço cachaceiro,
sou esta bela cidade,
no âmago, guardo a verdade
e possuo um povo ordeiro.
Sou a Quixeramobim
do sucesso e do fracasso,
da opulência do inverno,
do tempo seco e escasso,
sou a cidade menina
feita com amor e mimo
da liga dura do aço,
do coração da mocinha
que sonha com um enlaço,
do ancião amparado,
do jovem sem embaraço.
do gado que em plena seca
come resíduo e melaço.
Minhas terras divididas,
a cada um, um pedaço.
Estou sempre ao teu dispor,
nunca demonstro cansaço,
se estás desamparado,
meigamente eu te abraço,
te protejo como posso,
dize o que queres, pois faço!
alkasar@ig.com.br
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