Túnel do Tempo

sexta-feira, 18 de maio de 2012


Anos 60 70 80
         Como era bom esse tempo, não precisávamos provar nada pra ninguém, eramos todos iguais, sem preconceitos de cor, raça, religião, classe social, éramos amigos pelo simples fato de gostarmos de estar juntos, de gostarmos uns dos outros, não existia esta frescura de bulling, todo mundo se conhecia e se respeitava, não havia violência, as pessoas sentavam à tardinha em cadeiras nas calçadas, os muros eram baixos, apenas muretas com portõezinhos para animal não entrar e aos domingos, eram muito comuns os piqueniques e à noite, famílias inteiras se dirigiam às igrejas, tanto católicas como protestantes,  e ao término dos atos religiosos, os casais de namorados ficavam volteando na avenioda até 10 horas da noite.
Éramos felizes e não sabíamos, estas recordações nos transportam a um tempo muito bom e nos dá muita nostalgia e saudades.
Tínhamos infância, adolescência e vida adulta sem atropelos, sem estresses, sem obesidade, sem dietas, sem doenças, sem pressão alta, sem problemas cardíacos, sem tantas mulheres nuas e tantos jovens drogados, sem a mortandade juvenil e  sem muita prostituição infantil.
 Responda uma coisa: Você que teve sua infância durante os anos 60, 70 ... Como pôde sobreviver?
 Os carros não tinham cintos de segurança, apoios de cabeça, nem air-bag!  Afinal de contas...         Íamos soltos no banco de trás fazendo aquela farra! Pegávamos “buchecha” em grades de caminhões, ou em estribos de trens, pulávamos onde queríamos e isso não era perigoso!
 As camas tinham grades e os brinquedos eram multicores com pecinhas que se soltavam ou no mínimo pintados com umas tintas “duvidosas“ contendo chumbo ou outro veneno qualquer.
 Não havia travas de segurança nas portas dos carros, chaves nos armários de medicamentos, cadeados em portas ou portões, liberdade era palavra chave, nós tínhamos e era tudo o que precisávamos, curávamos nossos ferimentos com mercúrio cromo ou merthiolate, passávamos pomada de penicilina sobre a mesma, amarrávamos uma tira de pano em cima e não havia o temor de infecção.
 A gente andava de bicicleta para lá e pra cá, sem capacete , joelheiras, caneleiras e cotuveleiras...
 Bebíamos água de filtro de barro, da torneira, de uma mangueira, ou de uma fonte e não águas minerais em garrafas ditas ¨esterilizadas¨.
 Construíamos aqueles famosos carrinhos de rolimã e aqueles que tinham a sorte de morar perto de uma ladeira asfaltada, podiam tentar bater records de velocidade e até verificar no meio do caminho que tinham economizado a sola dos sapatos, que eram usados como freios...E estavam descalços...     Depois de alguns acidentes... Todos os problemas estavam resolvidos!
 Iamos brincar na rua com uma única condição: voltar para casa ao anoitecer. Não havia celulares... E nossos pais não sabiam onde estávamos! Era incrível!
 Tínhamos aulas só no período da manhã, e íamos almoçar em casa. Quando tinhamos piolho usavamos Neocid em pó. Braço no gesso, dentes partidos, joelhos ralados, cabeça lascada.
 Alguém se queixava disso?  Todo mundo tinha razão, menos nós ...
 Comíamos doces à vontade, pão com manteiga, bebidas com o (perigoso) açúcar. Não se falava de obesidade, brincávamos sempre na rua e éramos super ativos ...
 Dividíamos com nossos amigos uma Tubaína ou um litro de refresco k-suco, comprados naquela vendinha da esquina, gole a gole e nunca ninguém morreu por isso ....
 Nada de Playstations, Nintendo 64, X boxes, jogos de Vídeo , Internet por satélite, Video cassete e DVD Dolby surround, Celular com camera, Computador, Chats na Internet.
Brincávamos de pião, bola de gude, bola, soltávamos pipa, fazíamos campinho perto de casa e realizávamos torneios com times de outros bairros, brincávamos de espadas, time de botão, campeonato de ioiô, colecionávamos álbuns de figurinhas com o intuito de ganhar bicicletas, rádio a pilha, panela de presão, bolas,etc.
Passávamos o dia inteiro,. Principalmente os domingos, tomando banho de cachoeira, de barragem ou pulando da ponte sobre as águas do rio, quando à tarde estávamos todos engelhados de frio e ninguém pegava uma hipotemia.
Jogávamos futebol de salão uma noite inteira até a hora da aula de educação física na quadra do colégio.
Jogávamos sinuca em bares do mercado apostando um litro de refresco de tamarindo ou um grapette geladinho.
 Banho quente? Xampú? Não tinha nada destas frescuras, nada fazia mal.
 No quintal, um segurava o cachorro e o outro com a mangueira (fria) ia jogando água e esfregando-o com (acreditem se quiserem) sabão (em barra) de lavar roupa!
 Nada de ração. Comiam a mesma comida que nós (muitas vezes os restos), e sem problema algum!
 Algum cachorro morreu ou adoeceu por causa disso?
 Quem não teve um cachorro Rin Tin Tin?
 A pé ou de bicicleta, íamos à casa dos nossos amigos, mesmo que morassem a kms de nossa casa, entrávamos sem bater e íamos brincar.
 É verdade! Lá fora, nesse mundo cinzento e sem segurança! Como era possível? Jogávamos futebol na rua, com a trave sinalizada por duas pedras, e mesmo que não fôssemos escalados ... ninguém ficava frustrado e nem era o “FIM DO MUNDO“!
 Na escola tinha bons e maus alunos. Uns passavam e outros eram reprovados. Ninguém ia por isso a um psicólogo ou psicoterapeuta. Não havia a moda dos superdotados, nem se falava em dislexia, problemas de concentração, hiperatividade. Quem não passava, simplesmente repetia de ano e tentava de novo no ano seguinte!
 As nossas festas eram animadas por radiolas com agulhas de diamantes deslizando sobre os discos de vinil, luz negra e um delicioso coquetel feito de groselha e maçã em cubinhos. Não precisávamos de drogas, por sinal, não sabíamos nem o que era isso. Namorávamos de uma maneira muito respeitosa, as mulheres, principalmente as moças se davam, mereciam e exigiam respeito.
 Tínhamos: Liberdade, Fracassos, Sucessos e Deveres. E aprendíamos a lidar com cada um deles!
 A única verdadeira questão é: como a gente conseguiu sobreviver? E acima de tudo, como conseguimos desenvolver a nossa personalidade sdem, que precisássemos nos marginalizar pra isso?
 Você também é dessa geração? Se sim, então mande este e-mail aos seus amigos desse tempo, e também aos seus filhos e sobrinhos, para que eles saibam como era no... Nosso tempo !
 Sem dúvida vão responder que era uma chatice, mas ... no fundo, eles é que realmente não tiveram o privilégio de ter nascido nas décadas de ouro.
 Como éramos felizes!!!

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